ANÁLISE: A indisfarçável frustração da esquerda com o resultado das urnas
O resultado das urnas foi um tremendo balde de água fria nas expectativas geradas pelo PT com o resultado das urnas. Ao apostar todas as fichas no que apontavam as pesquisas eleitorais, o sentimento final após o fechamento das urnas foi de visível frustração. Apesar de todos os esforços para tentar passar otimismo, a imagem de Lula na entrevista concedida, após o resultado, contrastava com o discurso. O abatimento era notório.
A
leitura é simples para entender a decepção: primeiro, a campanha petista
tinha expectativa e todos os esforços foram feitos para ganhar a eleição no 1º
turno. Depois, caso fosse para o segundo turno, a convicção é que seria com
diferença de, pelo menos, 10 pontos percentuais. As urnas revelaram apenas a
metade disso.
Além
disso, Bolsonaro conseguiu eleger, majoritariamente, aliados no Congresso
Nacional, nos parlamentos estaduais e, dos governadores eleitos em primeiro
turno, a maioria é bolsonarista. Uma onda de direita tomou conta do país, o que
não estava nas previsões mais pessimistas dos petistas. O resultado de Lula no
primeiro turno mostra um ponto fora da curva no cenário estabelecido. Daí, a
preocupação extrema do núcleo petista com o crescimento da onda conservadora no
2º turno.
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