Na Fiesp, Ciro defende teto salarial para servidores e diz que Congresso é ‘caso de polícia’
O candidato à presidência da
República Ciro Gomes (PDT)
foi recebido por mais de 300 empresários do setor industrial na sede da Fiesp, na
capital paulista. Logo no início da sabatina, o ex-ministro afirmou que o
Estado de São Paulo é
a grande saída para superar a crise econômica do país. “Se a liderança paulista
não compreende isso, o Brasil fica órfão. Não será o meu Ceará que vai liderar
a revolução ideológica que precisamos estabelecer no país”, afirmou o político.
Ciro também falou sobre a reforma da previdência e defendeu a estipulação de um
teto para o funcionalismo público federal para equilibrar as contas do governo.
“Para os novos
trabalhadores, nós vamos criar um sistema de repartição com teto de gastos… Que
é para todo mundo: servidor público, servidor privado ou regime geral. Isso
para unificar a previdência, seja ministro, seja supremo, seja procurador, uma
previdência pública só com regime de repartição com teto”, explicou o
candidato. Por enquanto, Ciro Gomes ainda não definiu quem vai ocupar a posição de vice nas
eleições de outubro. Em uma conversa à reportagem da Jovem
Pan News, o político garantiu que prefere uma mulher e que já passou este
entendimento ao Diretório Nacional do PDT.
A senadora Leila do Vôlei (PDT) tem sido o nome mais comentado dentro da
legenda para compor a chapa presidencial. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi,
chegou a descartar o nome dela por ser uma grande concorrente na disputa pelo
governo do Distrito Federal , mas não descartou essa mudança repentina em cima
da hora.
A respeito da atuação
do Congresso
Nacional em apoiar pautas do presidente Jair Bolsonaro
(PL), o ex-governador do Ceará afirmou que o parlamento brasileiro é “caso de
polícia”: “O [Arthur] Lira, presidente da Câmara, e o Rodrigo [Pacheco], meu
amigo presidente do Senado, trazem os colegas perto e começam. Agora na véspera
de fechar o prazo eleitoral abriram uma sala secreta para distribuir o
Orçamento Secreto. Aí o deputado diz: ‘Eu quero fazer uma escola na minha
cidade’. Aí o cara bota lá quanto que custa a escola e bota 500 mil pro cara
fazer uma escola no lugar dele. Ele não tem a obrigação de botar que pediu, nem
qual foi a escola e nem aonde, por isso secreto. Portanto, se roubarem metade
ou não fizerem a escola e botarem tudo no bolso o Tribunal de Contas não vai
saber. Isso foi legalizado no Brasil!”.
Questionado sobre os outros
concorrente ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes falou sobre um possível apoio do
MDB com o PT e defendeu que tem sido criticada por grandes nomes de seu
partido: “Não defendo a Simone como modelo de governança política, mas porque
ela parece ser uma pessoa decente e diferente do Lula e do Bolsonaro, que não
me parecem serem pessoas decentes vendo o que eu estou vendo. A minha denúncia
não tem nada a ver com a vida da Simone Tebet, que é uma ilustre adversária,
embora amiga, a minha denúncia é contra o comportamento antidemocrático do
Lula”.
*Com informações do repórter
Maicon Mendes
Jovem Pan News
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