Galdino diz que Aguinaldo é quem precisa de João e avisa a Cícero: ‘Bom pensar em 2024’
O
presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino
(Republicanos), cobrou ao deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) uma posição
sobre se sairá candidato ao Senado. O nome do parlamentar é cotado para compor
a chapa com o governador João Azevêdo, mas até agora não declarou publicamente
que irá para disputa à Alta Casa do Legislativo Federal.
“Primeiro,
Aguinaldo precisa dizer se é candidato. Até agora não disse. Só fez insinuar.
Depois, ele tem que unir a base, inclusive em casa. Não tem sentido ele dizer
uma coisa, Cícero outra e Daniella desdiz ou desmente. Está faltando unidade no
PP e não tem autoridade para cobrar unidade no governo”, disse Galdino durante
entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio.
O
presidente apontou, ainda, que hoje Aguinaldo necessita mais do apoio de João,
do que o governador do PP. “Há quatro anos o PP, que é um partido grande, se
vier para João, agrega, é importante, mas eles não são fundamentais na vitória
de João. Há quatro anos eles não estavam na base de João e João saiu vitorioso.
Quem precisa do governador é Aguinaldo. O governador quer o apoio de Aguinaldo,
quer? Quer. Mas o governador ganhou há quatro anos sem o apoio de Aguinaldo.
Sem o apoio do governador a candidatura de Aguinaldo não tem competividade”,
destacou.
Adriano
Galdino lembrou, ainda, que a aliança entre o PP e PSB poderá ser crucial para
uma uma eventual reeleição de Cícero Lucena na Prefeitura de João Pessoa. “Se
não fosse o apoio do governador a Cícero Lucena em 2020, o prefeito não teria
ido para o segundo turno. O governador tirou a candidatura do companheiro
Wilson Filho para apoiar Cícero Lucena. É preciso que o prefeito Cícero Lucena
analise 2024, porque é importante para ele ter o apoio do governador”, frisou.
Confira
a entrevista completa aos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra:
–
O senhor tem se colocado no leque de opções do governador João Azevêdo. Ao que
se deve essa convicção?
Tenho
acompanhado a grandeza da gestão. Tenho visto o quanto o governo tem chegado
aos paraibanos e paraibanas e quanto é importante esse governo continuar. Aqui
em Patos fomos recebidos com uma multidão. Todos para saudar o governador. Isso
mostrou que João tem o apoio incondicional do povo de Patos.
–
Está se levantando a possibilidade do Republicanos indicar um nome na
majoritária? Esse nome seria para o Senado Federal ou vice-governador? Como
fica a situação envolvendo Aguinaldo Ribeiro?
Sou
a favor que as discussões de composição de chapa aconteçam em um momento oportuno,
na data certa. As convenções vão acontecer de 15 de julho a 5 de agosto. Não
tem porque o governador está apressado para decidir a majoritária. Essa
composição só deve ser debatida próximo ao período das convenções.
–
Ao mesmo tempo o seu partido (Republicanos) já se adiantou e anunciou apoio a
Efraim Filho…
Nós
tivemos uma conversa com o deputado Efraim Filho e acordamos de apoiá-lo para o
Senado. Efraim foi nossa segunda opção. Nossa primeira opção não era Efraim, para
ser sincero, franco, verdadeiro. Nossa primeira opção foi Aguinaldo Ribeiro. O
governador João nunca me disse que tinha preferência por ele. Mas eu percebi
que ele tinha uma simpatia maior com Aguinaldo. Começamos a conversar com
Aguinaldo. O próprio Hugo Motta (líder da legenda na Paraíba) era um defensor
da candidatura de Aguinaldo. Mas eu tive diversas conversas com Aguinaldo e
essas conversas não iam para frente. Quando eu percebi que essas conversas não
andavam, eu dei um ultimato a ele. Dei um prazo para ele definir e esse prazo
não foi cumprido. Comuniquei a ele que a partir daquele momento eu iria
conversar com Efraim. A minha primeira preferência foi Aguinaldo. Ele não teve
capacidade política, não se movimentou, ou não quis nosso apoio.
–
Se o seu nome for colocado como opção para o senado com o apoio de João, o
Republicanos retira o apoio a Efraim?
Não
vamos discutir hipóteses. Temos três candidaturas para o senado: a do
ex-governador Ricardo Coutinho, a de Bruno Roberto e a de Efraim Filho que tem
um acordo político conosco. O restante são conversas. Um dia Adriano é
vice-governador, um dia sou senador. Eu sou mesmo candidato a deputado
estadual. Estou com minha base tranquila e oferecendo meu trabalho.
–
O que pode mudar seu trabalho focado na reeleição à Assembleia?
Sou
um sujeito de grupo. Não tenho interesse pessoal, gosto de desafios. Não
cheguei onde cheguei jogando na zona de conforto, sempre joguei no desafio,
vencendo dificuldades, desafios e preconceitos também. Por isso cheguei onde estou
hoje. Se por ventura uma nova conjuntura for aparecer e combinada com o grupo,
governador, quem sabe eu não aceito? Mas isso é se acontecer. O importante
agora é somar com o governador. Eu vi uma fala da senadora Daniella totalmente
inconsistente e injusta. Ela fala de unidade da base do governo. Primeiro ela
tem que olhar para a base do Progressistas. Primeiro de tudo Aguinaldo precisa
dizer se é candidato ou não. Até agora não disse. Só fez insinuar. Depois ele
tem que unir a base, até em casa. Não tem sentido ele dizer uma coisa, Cícero
Lucena dizer outra aí depois chega a Senadora e contradiz ou desmente ele. Não
tem autoridade para cobrar unidade na base do governo se não estão fazendo o
dever de casa. Se vier (o PP), agrega votos, agrega estrutura, mas eles não são
fundamentais para a vitória de João, pois há quatro anos atrás eles não estavam
do lado de João e ele foi vitorioso. Agora para Aguinaldo ser candidato a
Senador e sua candidatura ser competitiva ele precisa do apoio do governador.
Não tem competitividade nenhuma. Trocando em miúdos: quem precisa do governador
é Aguinaldo. O governador foi fundamental na vitória de Cícero Lucena. Se não
fosse o apoio do governador, ele não teria ido para o segundo turno. Ele até
tirou a candidatura de um aliado, Wilson Filho, para ajudar. Foi fundamental na
vitória de Cícero. É importante que Cícero Lucena análise 24 porque é
importante para ele o apoio do governador para ele encaminhar sua reeleição.
MaisPB
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